UBL da Unium garante certificação internacional

Validação da certificação foi concedida após auditoria realizada na primeira quinzena de 2021, e traz credibilidade a toda cadeia envolvida

A Unidade de Beneficiamento de Leite (UBL) da Unium em Itapetininga/SP teve sua certificação internacional FSSC 22000 mantida no início deste ano. Concedida pela Bureau Veritas – organização mundial responsável por indicar padrões relacionados a comercialização, respeito ao meio ambiente e segurança dos alimentos -, a indústria recebeu a validação após auditoria realizada na primeira quinzena de 2021, e traz credibilidade a toda cadeia envolvida, visto que, 95% da produção da Cooperativa é destinada a multinacionais e nacionais de grande porte.

O Gerente de Qualidade da Unidade, Paulo Bernardini, destaca a importância da conquista. “Mostra o trabalho realizado na unidade e assegura que todas nossas práticas de gestão em segurança de alimentos estão alinhadas as maiores empresas do setor. Tudo isso permite estabilidade e perspectivas de aumento do negócio, gerando ganhos para clientes, cooperados, colaboradores e comunidade”.

O reconhecimento global é baseado no sistema de gestão e trata das exigências para produtos acabados e os processos. Requisitos legais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), de clientes, além de diversos outros itens adicionais são avaliados.

“Além de possuirmos o leite que é considerado o de melhor qualidade do país, realizamos sistematicamente vários trabalhos que mantém o sistema vivo através de inspeções e auditorias internas com o intuito de identificar não conformidades e corrigi-las”, destaca o gestor. A UBL, em Itapetininga, processa aproximadamente 1,2 milhões de litros de leite por dia e emprega mais de 420 colaboradores.

Sobre a certificação:

A FSSC 22000 demanda que a produção de alimentos siga e se adeque a vários conceitos, alguns deles são:

  • O plano Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC), que além de uma exigência legal, é um dos pilares do sistema;
  • O tratamento de não conformidades, ou seja, tudo que afeta a segurança de alimentos, precisa ser tratada, através de análise e um plano de ação;
  • Gestão de serviços: todos os serviços que possam ter impacto na segurança de alimentos têm que ser gerenciados pela organização;
  • Rotulagem do produto: deve-se garantir que o produto acabado seja rotulado de acordo com a regulamentação aplicável no país de venda;
  • Defesa do alimento: avaliação de ameaças documentadas e implementadas, definição de medidas para controle adequado;
  • Prevenção de fraude do alimento: a avaliação de vulnerabilidade documentada e execução de um plano de ação para reduzi-las.
  • Gerenciamento alergênico: planejamento do gerenciamento de alergênico.
  • Monitoramento ambiental: ter um programa de controle ambiental que verifique e valide a higiene microbiológica do local.

Pós-pandemia: é hora de aprender a cooperar!

Para onde caminharemos no pós-pandemia? Que lições levaremos deste cenário que fez cada setor e cada mercado se reinventar? No agronegócio não foi diferente. Mas nessa área talvez alguns caminhos, que se mostraram essenciais nesse momento, já vinham sendo traçados pela prática do cooperativismo e devem continuar após a pandemia com ainda mais força.

Tecnologia, conhecimento e capacidade de adaptação para o escoamento da produção são pontos que permitiram a sobrevivência de muitas marcas no pós-pandemia.

Na região dos Campos Gerais, no Paraná, o modelo de intercooperação da Unium, resultado da aliança entre Frísia, Castrolanda e Capal, já permitia que as cooperativas adotassem um investimento conjunto justamente nesses pontos, além da industrialização.

O formato permite que as cooperativas ofereçam suporte em todas as fases da produção agrícola para o cooperado, desde o momento da compra da semente e dos insumos, até a hora da industrialização e venda para o consumidor final. Ou seja, o produtor rural não precisa gerenciar todo o processo ou se preocupar com a parte de vendas ou marketing para comercializar seus produtos. Ele cuida da produção e a cooperativa faz o restante.

Essa ideia de união foi adotada por muitas empresas ao longo desse ano e a expectativa é que isso se intensifique ainda mais, o que coloca o modelo de intercooperação, independente da área ou escala em que é aplicado, como o novo normal a ser seguido após a pandemia. Com esse formato ganhando muito mais força no mercado, as cooperativas são capazes de dar estrutura e competitividade para quem, possivelmente, ficaria à deriva em grandes crises.

Por isso, o intercooperativismo pode ser visto como uma alternativa estratégica atual e relevante para garantir a sobrevivência e o crescimento sustentável das cooperativas. Para os cooperados, as vantagens são claras, já que o produto final sai ganhando, principalmente na questão da qualidade e eficiência toda da cadeia produtiva.

No contexto atípico que 2020 nos proporcionou, o poder do trabalho conjunto, pensando no crescimento de todos de forma igualitária, tornou-se essencial. A intercooperação ganha força no mercado e garante um lugar estratégico nas ações pós-pandemia, provando que, unindo forças, é possível chegar mais longe.

Cracios Clinton Consul é Gerente de Marketing da Unium.