UBLs Unium são recertificadas

As Unidades de Beneficiamento de Leite de Castro (PR) e Itapetininga (SP) são duas das três empresas de lácteos brasileiras recertificadas, em março, pela FSSC 22000, um selo que assegura a segurança de toda a cadeia de suprimentos de alimentos. As duas UBLs pertencem à Unium, marca institucional das indústrias das cooperativas Frísia, Castrolanda e Capal. “A usina de Castro recebeu o primeiro selo de qualidade em 2017. E a UBL de Itapetininga também possui essa certificação desde julho de 2019”, destaca o gerente de qualidade das UBLs da Unium, Paulo Mauricio Bernardini Basto da Silva.

No mundo inteiro, há em torno de 25 mil empresas autenticadas pelo certificado. No setor de lácteos são 43, sendo somente três delas no Brasil. Concedida pela Bureau Veritas (organização mundial responsável por indicar padrões relacionados à comercialização, respeito ao meio-ambiente e segurança dos alimentos), a certificação garante a procedência dos produtos das cooperativas que, em sua maioria, são comercializados para multinacionais. Com esse reconhecimento, as UBLs são certificadas pela integridade no mercado e aumentam a confiança do consumidor.

Processo auditado

As auditorias da FSSC 22000 envolvem a capacitação dos colaboradores, planos de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC), programas de Biovigilância e Prevenção à Fraude, indicações de desempenho, atendimentos de legislações trabalhistas e ambientais. “Ou seja, tudo é auditado para assegurar a produção e comercialização de um produto confiável e que respeite a legislação para os nossos consumidores”, explica o gerente.

Segundo Paulo Mauricio Bernardini Basto da Silva, a auditoria nas UBLs teve como intuito verificar os processos de leite a granel, creme de leite, leite UHT, bebidas lácteas, bebidas vegetais UHT e alimentos enterais UHT. “Para toda a equipe da Unidade Lácteos da Unium é muito recompensador. Nosso objetivo é entregar o melhor produto para os nossos clientes e esse reconhecimento só comprova isso”, salienta.

A usina de beneficiamento de leite em Ponta Grossa também está em processo de certificação para 2021. “Esse selo de qualidade faz parte do planejamento estratégico da empresa, levando sempre a garantia de produtos de qualidade e de segurança”, finaliza.


Maltaria é novo projeto de intercooperação

A Unium, junto das cooperativas Agrária, Bom Jesus e Coopagrícola, vão construir uma maltaria nos Campos Gerais, no Paraná, em mais uma iniciativa de intercooperação. O investimento previsto será de aproximadamente R$ 1,5 bilhão e a previsão é de que a maltaria seja inaugurada em 2023. A planta deve começar a ser erguida ainda neste ano, em uma área entre as cidades de Ponta Grossa e Carambeí.

O empreendimento deve gerar mais de mil empregos diretos e indiretos.

A fábrica deve atingir produção de 240 mil toneladas de malte por ano, volume que hoje corresponderia a 15% do mercado nacional. O empreendimento deve gerar mais de mil empregos diretos e indiretos.

Liderado pela Agrária, o projeto conta com a experiência de todas as cooperativas, que já têm áreas plantadas de cevada entre os cooperados. O objetivo do projeto é fomentar ainda mais esta cultura. Os números do empreendimento são robustos. A área total destinada para o plantio da cevada, que é um dos principais insumos para a produção do malte, vai chegar a 100 mil hectares, alcançando outras regiões do Estado e beneficiando mais de 12 mil cooperados.

“O projeto é fruto da intercooperação. Queremos com a implantação da maltaria Campos Gerais incrementar a produção de cevada em toda a região, já que todas essas cooperativas possuem conhecimento no plantio deste grão. Iremos unir forças e aproveitar a sinergia. É um projeto arrojado, que vai gerar receita para o Estado e, principalmente, resultado para os nossos cooperados”, destacou Jorge Karl, diretor-presidente da Cooperativa Agrária.

O Paraná é o principal produtor de cevada do Brasil. Em 2019, de acordo com dados do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento, o Estado foi responsável por 54% de toda a área da cultura no País, com 60.300 hectares, 8% maior que em 2018. Foi responsável por 60% de toda a produção, com 241.500 toneladas do grão, um aumento de 10% em relação ao ano anterior.

As primeiras estimativas para a produção deste ano apontam para 303,6 mil toneladas, volume que supera em 12% o resultado da safra passada. A área esperada é de 66 mil hectares, 3% superior à da safra 19/20.